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Por Marcelo Copello

Mesmo antes da independência, o Uruguai já produzia vinho. A localização privilegiada, latitudes perfeitas a 30 e a 35 graus ao sul e a chegada dos europeus com suas uvas explicam isso. Mas, nos últimos anos, muitos produtores fizeram a conversão de seus vinhedos e bodegas. E tudo mudou para melhor – antigas cepas
 de vinho de mesa, como a Moscatel e a Isabella (ou frutilla), foram substituídas por exemplares nobres. O Tannat, produzido com a uva de origem francesa, um símbolo do nosso vizinho, passou a ser elaborado em barricas de carvalho. E ao lado de outras variedades importantes, a cepa que chegou a Canelones no século 19 brilhou em cortes perfeitos, que realçaram sua expressão.

Vinitaly - 50 anos

Às vezes esquecido ante a sombra dos gigantes produtores sulamericanos Chile e Argentina, o pequenino Uruguai também tem seu arsenal de canhões de grosso calibre. O time aqui escalado poderia enfrentar qualquer seleção do cone sul, de igual para igual em qualidade e ganhando por vezes em preço.

De acordo com pesquisa da Organização Mundial de Saúde, divulgada pela revista Tribe, em dados gerais pelas américas o primeiro lugar é do Canadá com 10 litros anuais em média consumidos por pessoas com mais de 15 anos, em seguida vem os EUA com 9,3 litros. 

Delegação da INAVI é recorde histórico do Tannat Tour, que apresenta mais de 200 rótulos no Clube Piraquê, no dia 24 de agosto, e participa em várias outras atrações do Festival durante a semana.

Quanto pensamos em vinhos sul-americanos, pensamos primeiramente em Chile e Argentina, além de Brasil, esquecendo por vezes do pequeno Uruguai. Nossa antiga província Cisplatina corre por fora, produzindo alguns dos melhores vinhos do continente, em estilo próprio.